
Raimundo Nonato Machado, que morreu na manhã desta segunda-feira (4) após colidir com um poste e capotar o carro na Avenida do Turismo, zona Oeste de Manaus, foi identificado como ex-investigador da Polícia Civil do Amazonas e envolvido em um caso de agressão e disparo de arma de fogo ocorrido em 2023, no condomínio onde morava, na Ponta Negra.
Na ocasião, Raimundo e a esposa, Jussana Machado, foram presos acusados de torturar uma babá e atirar contra um advogado durante uma briga. O caso teve ampla repercussão na época. Em dezembro de 2024, o Tribunal de Justiça do Amazonas decidiu que o casal não iria a júri popular, considerando que o caso não se tratava de tentativa de homicídio, mas de tortura, o que levou o processo a seguir outro rito, tramitando agora em uma Vara Criminal Comum da Comarca de Manaus.
Raimundo era faixa-coral 7º dan de jiu-jitsu, figura reconhecida no cenário nacional e internacional da modalidade e um dos líderes da academia Nova União, em Manaus. Ele e a esposa estavam juntos desde 2001 e se casaram oficialmente em 2014.
Em 2021, recebeu a Medalha de Ouro Alfredo Barbosa Filho, uma das maiores honrarias da Câmara Municipal de Manaus. Após as denúncias de agressão, o legislativo anunciou que daria início ao processo de cassação da condecoração.
O acidente fatal ocorreu quando Raimundo perdeu o controle do veículo, que colidiu violentamente com um poste e caiu em uma área de barranco. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas ele já estava sem vida quando foi retirado das ferragens. As causas do acidente ainda são investigadas.