Brasília – O senador Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito neste sábado (1º) presidente do Senado Federal para o biênio 2025-2026, com amplo apoio de 73 dos 81 senadores. A votação, realizada em sessão plenária conduzida pelo então presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), marcou a recondução de Alcolumbre ao cargo que já ocupou entre 2019 e 2021. O resultado foi celebrado por parlamentares da região Norte, como o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que destacou o compromisso do novo presidente com a Zona Franca de Manaus (ZFM) e o desenvolvimento da Amazônia.
“Alcolumbre seguirá parceiro da ZFM e da Amazônia”, afirmou Braga, líder do MDB no Senado, após a eleição. Em seu discurso, o senador amazonense reforçou o apoio do partido à candidatura e desejou “luz e sabedoria” ao colega para conduzir a Casa. “Que o Senado possa entregar ao povo brasileiro aquilo que o povo espera dos senadores”, disse.
Alcolumbre, que já havia visitado o Polo Industrial de Manaus em 2020, declarou-se defensor do modelo da ZFM durante seu primeiro mandato à frente do Senado. Na ocasião, destacou os ganhos econômicos e sociais proporcionados pelo modelo para a região Norte. “O modelo se espraia para todos os estados do Norte do Brasil, com exceção do Pará. Esses estados tiveram oportunidade de se desenvolver por meio das áreas de livre comércio”, afirmou.
Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Alcolumbre também foi um dos principais articuladores em defesa da ZFM durante a Reforma Tributária, ganhando a confiança da bancada do Amazonas no Congresso.
União e consenso
Em seu discurso após a eleição, Alcolumbre pediu união e disse que não busca protagonismo, mas sim ser um “catalisador” dos desejos do plenário. “Volto a presidir o Senado Federal, mas continuo sendo um senador, como cada um dos senhores e senhoras. Este amplo apoio, mesmo com várias candidaturas, demonstra que o Senado Federal está unido e sabe a direção na qual pretende caminhar”, declarou.
Além de Alcolumbre, concorreram ao cargo os senadores Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos do Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos-MS). A votação foi realizada de forma secreta, com cédulas de papel, e contou com a presença da maioria dos senadores.
Elogios a Pacheco
Eduardo Braga também aproveitou para elogiar a gestão de Rodrigo Pacheco, que encerrou seu mandato à frente do Senado. “Vossa excelência foi um defensor da democracia brasileira, sinônimo de diálogo, ponderação, bom senso e responsabilidade ao presidir o Congresso Nacional”, afirmou.
Quem é Davi Alcolumbre
Nascido em Macapá (AP), Davi Alcolumbre, de 47 anos, está em seu segundo mandato como senador. Comerciante de formação, iniciou a carreira política em 1999, como vereador. Eleito deputado federal em 2002, foi reeleito por mais dois mandatos antes de chegar ao Senado, em 2015. Em 2019, tornou-se o senador mais jovem a assumir a presidência da Casa.
Além de já ter presidido a CCJ por duas vezes, Alcolumbre também comandou a Comissão de Desenvolvimento Regional, onde reforçou sua atuação em defesa das pautas amazônicas.
Expectativas para o novo mandato
A eleição de Alcolumbre é vista com otimismo por parlamentares da região Norte, que esperam que o novo presidente do Senado continue priorizando pautas como a manutenção da ZFM e o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Para os senadores, a recondução de Alcolumbre representa uma oportunidade de fortalecer o diálogo entre o Congresso e as demandas regionais.
Colaborou: Equipe de reportagem em Brasília
