
O Jornalista Alex Braga deverá comparecer à Justiça do Amazonas na manhã desta terça-feira (29), para uma audiência que pode determinar se ele será julgado por júri popular pelos crimes de estupro e aborto forçado. O processo se refere à acusação de que ele teria violentado e engravidado a prima de sua ex-esposa.
Apesar da gravidade da situação, o jornalista tentou adiar a audiência apresentando um atestado médico de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no Jorge Teixeira, alegando estar com Covid-19. No entanto, o Juiz Mauro Antony indeferiu o pedido após identificar irregularidades no documento.
O atestado foi assinado pelo Cirurgião-Geral Marcelo Francisco Tiburi, registrado apenas no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CRM-RS). Não há qualquer comprovação de que o profissional atue na UBS citada ou possua inscrição ativa no Conselho Regional do Amazonas (CRM-AM), o que levanta suspeitas sobre a autenticidade do documento médico.
Diante disso, o magistrado manteve a audiência para esta terça-feira (29), quando será avaliado se réu será levado a júri popular. A acusação envolve crime contra a vida, com agravantes como o suposto aborto resultante do estupro.
O portal solicitou à Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) esclarecimentos sobre a atuação do médico citado e sua autorização para emitir atestados em Manaus. A resposta ainda não foi enviada até o fechamento deste texto.
RELEMBRE O CASO
Alex Braga foi preso em flagrante em novembro de 2024, após ter sua residência alvo de busca e apreensão. Desde então, responde ao processo em liberdade, monitorado por tornozeleira eletrônica, e cumpre medidas cautelares. A denúncia original foi feita pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, que chegou a solicitar sua prisão preventiva em outubro do mesmo ano.
O caso gerou forte comoção pública e segue com expectativa quanto aos próximos desdobramentos judiciais.